domingo, 31 de outubro de 2010

Com mais de 80% dos votos apurados, Dilma lidera com 54,2% A candidata Dilma Rousseff (PT) lidera a apuração parcial de votos no segundo turno das eleições presidenciais, com 54,2% dos votos contra 45,8% de José Serra (PSDB), segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com mais de 80% das urnas já apuradas.

De acordo com a Justiça Eleitoral, a abstenção contabilizada até o momento é superior a 20% - o que representa mais de 20 milhões de eleitores.
Logo após o encerramento da votação, às 19h (horário de Brasília), o Ibope divulgou uma pesquisa de boca de urna apontando a vitória de Dilma, com 58% dos votos, contra 42% de Serra.
Caso o resultado se confirme, Dilma será a primeira mulher eleita presidente do Brasil. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A votação ocorreu sem maiores incidentes em todo o país e, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até as 16h40 deste domingo, 1.452 urnas eletrônicas haviam sido substituídas e 390 ocorrências relacionadas a desobediência da legislação eleitoral foram registradas, sendo que 232 resultaram em prisões.
Oito Estados e o Distrito Federal também foram às urnas neste domingo para escolher seus governadores.
Voto
Dilma votou por volta de 9h da manhã em Porto Alegre, acompanhada pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT. Em um café da manhã com correligionários, ela disse que faria um "governo para todos os brasileiros".
Pouco depois, a candidata seguiu para Brasília, onde deve acompanhar a apuração.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou pouco depois em São Bernardo do Campo. Ele criticou o candidato do PSDB e disse que Serra sai "menor" da disputa.
José Serra, por sua vez, votou em São Paulo, pouco depois das 11h, e disse que "a alternância de poder fará bem à democracia".
O candidato tucano estava acompanhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do atual governador do Estado, Alberto Goldman, além da mulher, Mônica Serra, e a filha, Verônica.
Serra deve acompanhar a apuração dos resultados em São Paulo.
Campanha
No primeiro turno, a diferença entre os dois candidatos ficou em 14 pontos, com vantagem para a petista, que obteve 46,9% dos votos válidos contra 32,6% para o tucano.
Durante as quatro semanas que separaram os dois turnos da eleição, o eleitor teve a chance de comparar melhor os dois projetos, mas também se viu diante de um período com intensa troca de acusações, inclusive com foco em temas polêmicos, como aborto e religião.
Uma das marcas da campanha no segundo turno acabaram sendo os projetos de governo passados, com uma maior comparação entre as administrações de Luiz Inácio Lula da Silva e de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
Lula
A disputa tem, de um lado, a candidata do governo, Dilma Rousseff (PT), apresentada ao eleitorado não apenas como a preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como também aquela cujo principal compromisso é continuar os projetos do atual governo.
Principal candidato de oposição ao governo, José Serra (PSDB) evitou a crítica generalizada à atual gestão. O ex-governador de São Paulo concentrou seu discurso na ideia de que o Brasil precisa mudar, mas não necessariamente jogando fora os feitos do governo Lula.
Junto com a análise das duas propostas está ainda uma questão que foi constantemente colocada ao eleitor nesta eleição: a opção ou não pela continuidade dos oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa foi a sexta vez, desde o fim do regime militar, que o brasileiro pode escolher, pelo voto direto, o seu candidato preferido para governar o país.

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